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A IMPORTÂNCIA DA IMAGINAÇÃO

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Existe um mundo fora, outro dentro de nós e entre esses dois encontra-se o imaginário: o mundo das imagens, responsável pela intermediação entre o que está fora e o há dentro de nós. O melhor que podemos ser é precedido do melhor que podemos apreender da realidade - isso significa que para alcançarmos o maior potencial possível da nossa capacidade, para ampliarmos o nosso horizonte de consciência, é vital alimentar o nosso imaginário.
 
Existem formas de alimentarmos a nossa imaginação: através das nossas experiências e através das experiências de outras pessoas. Quando você preenche o seu imaginário com várias experiências possíveis, você sai do campo da limitação de sua história pessoal e de seu ciclo cultural mais imediato, ampliando assim o seu conhecimento das capacidades humanas com suas possibilidades e limitações, com suas excelências e insuficiências.
 
Você pode perguntar: o que preciso fazer para entrar em contato com diversas e ricas experiências de pessoas de culturas variadas? Para ser possível abarcar maior riqueza, podemos fazer isso por intermédio da literatura. O conhecimento da literatura amplia a dimensão do possível.  Aristóteles dizia: “Se isso foi contado porque isso é possível”. Mesmo que esse possível esteja fora das suas possibilidades físicas imediatas, mesmo que você não possa ainda fazer determinadas coisas, não quer dizer que outro ser humano não o faça. E, na medida em que você toma conhecimento dessa possibilidade, ela passa a existir na sua imaginação, sendo possível torná-la realidade na sua vida.
 
Precisamos de pessoas que nos sirvam de inspiração, de modelo, e, a partir da imitação, é possível que cada pessoa encontre o seu próprio modo de ser. Sugerimos então uma singela inspiração: o personagem Ivan e sua família.
 
RESENHA DA OBRA IVAN, O CIENTISTA
Localização no site: em Obras – na pasta Compilação de Livretos
Adequada para crianças a partir do 3º ano do Ensino Fundamental
 
Ivan, o cientista é um conto que apresenta o universo de um menino dedicado aos estudos e que tem grande interesse pelas ciências naturais. A narrativa apresenta Ivan e sua família e as aventuras vividas no mundo das ciências. E tudo acontece dentro de sua própria casa.
 
O protagonista possui características que qualificam os grandes cientistas: estudioso, observador, busca respostas para os questionamentos que surgem das suas observações frequentes; entende que não sabe tudo, mas considera fundamental aprofundar mais e mais nas suas descobertas, porque assim conseguirá maior domínio, maior conhecimento sobre o mundo que o cerca. Além disso, é um menino de ação: ele testa os seus conhecimentos a partir de todos os materiais que tem disponível num quarto da casa reservado para as descobertas e experimentos com o incentivo e o apoio dos pais.
 
A história oportuniza a reflexão sobre o bom convívio familiar, as possibilidades de ricas interações entre pais e filhos, a fundamental observância e atuação dos pais no desenvolvimento emocional, intelectual, moral, psíquico, enfim, no desenvolvimento integral dos seus filhos; por outra, a postura respeitosa dos filhos para com os pais; estes os incentiva a terem autonomia; aqueles entendem essa autonomia dentro dos limites impostos pela realidade dos seus poucos anos de vida. Há no texto uma dica importante para quem educa: é preciso permitir que as crianças pensem, faz-se necessário orientá-las na difícil tarefa de construir uma linha de pensamento capaz de direcioná-las para a solução de problemas; e para isso é preciso que a atenção esteja voltada para identificar o problema. Se não conheço o problema com todas as suas características, não conseguirei solucioná-lo.
 
Essa leitura pode também fomentar no leitor o desejo de saber mais sobre o funcionamento de aparelhos elétricos que temos em casa. Mais ainda, dá condições à criança de construir seus aparelhos elétricos.
 
O autor é didático ao apresentar diálogos interessantes em que as “aulas” são ministradas também pelas crianças, e as dúvidas do interlocutor, que podem ser também as do leitor, são sanadas com clareza e precisão.
 
O conto está inconcluso, mas isso não compromete o entendimento, e pode ser um bom ingrediente para instigar em quem lê o desejo de ir mais longe, conhecer mais, estudar mais, uma vez que temos hoje grandes avanços tecnológicos que podem ser comparados àqueles da época (por volta de 1970) em que a história foi escrita.
 
Isso posto, vale reforçar o convite para que você conheça a família Pedrosa e desfrute da camaradagem existente entre eles. É uma inspiração para aqueles que acreditam e buscam construir uma convivência em que o respeito, a cooperação, as boas práticas devem ser estimuladas.
 
Até a próxima sugestão!
 
 
 
Nádia de Azevedo Porto
Consultoria e Assessoria Pedagógica
Desenvolvimento de práticas que oportunizam
melhores resultados pedagógicos, baseadas em evidências científicas.
contato: npdirecaopedagogica@gmail.com