Médico pela UFMG. Bacharel e licenciado em Estudos Sociais pela UFMG.
Também diplomado na Faculdade de Filosofia da mesma Universidade.
Foi estagiário da Escola de Saúde e Escola de Educação da Universidade de Indiana (USA), onde completou cursos de aperfeiçoamento médico-pedagógico.
Graduou-se em cursos de especialização psiquiátrica na Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais e no Instituto de Psiquiatria da Universidade do Brasil. Atuou como médico e diretor do Hospital de Neuropsiquiatria Infantil de Minas Gerais.
Suas atividades no magistério iniciaram-se no setor de grau médio (Ensino Médio), em vários colégios de Belo Horizonte, estenderam-se aos cursos do Instituto de Educação, Faculdade de Filosofia da UFMG e da PUC, Escola de Saúde Pública, Instituto Superior de Educação Rural. Atuou no campo da Psicologia e da Psiquiatria, tendo participado de cursos de especialização de técnicos e professores. Também foi presidente da Regional Mineira da Organização Mundial de Educação Pré-Escolar.
Integrou a primeira equipe de professores brasileiros enviados aos Estados Unidos, dentro do Programa de Assistência Brasileiro-Americana ao Ensino Elementar (PABAEE), movimento pedagógico que foi bem conceituado em todo o Brasil.
Fundou e dirigiu o ARMANELLI, “uma escola diferente”, onde o professor testou e introduziu técnicas revolucionárias de ação educacional de 1955 a 1999. Defendia a proeminência dos valores formativos em relação com a preocupação simplesmente instrucional ou meramente informativa. Assim, em todo o trabalho escolar, a atuação pedagógica estruturava-se em torno de uma sigla-guia – DARSCITA – construída por oito palavras:
Dignidade
Ação
Responsabilidade
Seriedade
Coragem
Independência
Tenacidade
Amor
Como autor de vários livros, mostrou coragem surpreendente, abordando temas que, na época, eram tabus:
SEXUALIDADE INFANTIL
CRIANÇA, BRINQUEDO E PERSONALIDADE
SEXO, ASSUNTO URGENTE
BRINCAR DE MATAR
LUZ E SOMBRAS, dentre outros.
Somaram à sua bagagem científica, inúmeros artigos publicados, programas de rádio (até foi dono da Rádio Mineira) e televisão, seções especializadas em jornais, participação em congressos no Brasil e no exterior.
Ao ser questionado por que fundou uma escola, sendo um médico muito bem sucedido, respondeu que, no exercício da medicina, identificou que, muitos problemas psiquiátricos poderiam ser evitados, se houvesse um atendimento educacional de qualidade. Considerava a educação o maior de todos os investimentos.
E foi dessa forma que desenvolveu o seu trabalho no ARMANELLI: bem atendendo a todas as crianças que lá chegavam, de acordo com as suas necessidades, e trabalhando junto com as famílias, que tinham acesso a todas as atividades desenvolvidas na escola, e que, segundo vários depoimentos, se educavam nessa convivência. Assim, o tripé – Criança, Família, Escola – era considerado e chancelava a excelência dos serviços prestados.